Sei pouco
Não sei muito o quê sou.
Sei que a música me toca
Assim como o olhar sincero.
Não sei muito como sou.
Sei que as rugas já chegaram
E que o tempo passa por mim.
Não sei muito o quê tenho
Sei que escrevo para alguém
As palavras que ficarão para o mundo
Não sei muito como me veem
Sei que sou miúda
E que tenho voz firme.
Não sei muito como me entendem.
Sei que nem sempre sou simples
E que tenho acolhida em mim.
Não sei o motivo de estar aqui.
Sei que preciso estar
E escrever.
(Paulinha - 18 de outubro de 2014)