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Mostrando postagens de agosto 21, 2011

Melodia

Escorreguei levemente as mãos pelas teclas do piano. Sem som, Apenas sensação. A música ainda estava por vir. Experimentei um som. Percorri mais uma vez todas as teclas E mais um som. Fechei os olhos antes de recomeçar E deixei a música percorrer meu corpo Até as pontas dos dedos. E sair. Harmônica. Inteira. Vinda da alma. (Paulinha – 26 de agosto de 2011)

Pensamento

E as palavras saiam de minhas mãos como se fossem involuntárias. E eram. Não pensei, não refleti, simplesmente deixei fluir o sentimento. Era uma maneira de controlar, de não largar tudo e sair correndo de minha vida. (Paulinha - 25 de agosto de 2011)

O Corvo

Canto suave de ave negra Leva com seu voo tranquilo O corpo mortalmente ferido De um homem abandonado. Olhos perdidos no tempo Sustentam um coração em cacos E as mãos suaves do homem Afagam o pouco que lhe resta de vida. Apoiada ao anjo silencioso do cemitério A ave negra descansa e observa O último suspiro do homem triste Sufocado pelo amor que não lhe correspondeu. Quando o silêncio se estabelece A ave negra abre suas asas solitárias E iluminada pelo sol pálido da manhã Parte em busca de mais um coração perdido. (Paulinha – 25 de agosto de 2011)