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Mostrando postagens de agosto 28, 2011

Lembranças?

Mil passos cegos pelo quarto Círculos reprimidos e incompletos Janelas fechadas e cortinas trancadas Presa. Foi assim que você me encerrou Para o inverno mais intenso de minha existência. Não vi o sol. Não participei da decisão. Não conheci o motivo. E não fui salva. Sobrevivi sozinha. Arranquei cada pedaço de pele Com os dedos despidos de sorte E ardi a carne exposta por dias. Lembranças? Apenas do quarto escuro. Palco solitário de meu próprio funeral. (Paulinha - 02 de setembro de 2011)

... inconstância ...

péssimo costume tem as coisas de deixarem-se levar ao vento. (b. - 31/08/2011)

... safe harbor ...

apenas mais um dia como outro qualquer, e o espírito voa livre pelo imenso céu azul, sem nuvens, sem qualquer obstáculo que o retarde, em busca do ninho entre os seus braços e do alimento em seu olhar. (b. - 30/08/2011)

... tromba d'água ...

a tromba d’água que escorre, fria, entre as pedras da cachoeira arrastam com força folhas várias, galhos secos, e inclusive parte dos meus desejos mais ardentes. (b. - 30/08/2011)

... canto de metal ...

desperto pelo grito triste da araponga que forja seu desejo por dentre os galhos úmidos da mata em uma sólida barra de metal. tim, tim, tim! (b. - 30/08/2011)