Postagens

Mostrando postagens de fevereiro 27, 2011

Ácido

Quem você pensa que é? Que verdade é essa que esfrega no peito? Você simplesmente não pode decidir por mim. Ninguém tem esse poder. Assuma suas próprias fraquezas E esvazia de mim a responsabilidade por suas escolhas. Anda, admita: Você não sabe o que quer! Como pode saber o que é melhor? Melhor para você (no máximo) Para mim, nunca! Sou a única conhecedora de meu próprio bem. Vamos lá. Levante esse corpo que parece forte E sai uma vez do seu ilusório conforto. Reconheça sua dificuldade. Você não consegue ficar sozinho. Com você. Se não é capaz. Eu sinto muito. Mas não jogue em minhas mãos. A razão de sua própria covardia. (Paulinha – 04 de março de 2011)

... uvas verdes ...

o sapato novo me aperta o pé; esmaga meus dedos. por que merda fui jogar o velho fora? ele  nem era tão ruim, e os furos, assim, nem tão grandes. (b. - 01/03/2011)

... origem ...

no dia em que você, para mim, surgiu, assim como mágica o céu se abriu... e do buraco entre as nuvens despencou, nervosa, uma chuva ácida, de granizos, sapos... alimentada por devastadores raios elétricos. (b. - 01/03/2011)

Escrever

Se você pensa que é fácil Está enganado. Para escrever É preciso doer. Cravar as unhas na carne nua E buscar nas entranhas da alma A triste loucura. Se você pensa que é fácil Está enganado. Para escrever É preciso encarar o próprio conflito. Abrir espaço para a contradição E ter a certeza de que não se chegará A resposta alguma. Se você pensa que é fácil Está enganado Para escrever É preciso se despir. Permitir a invasão dos julgadores Sabendo que jamais se será Compreendido. Para escrever É preciso escolher. Pois essa escolha Representa um caminho sem volta. (Paulinha – 28 de fevereiro de 2011)