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Mostrando postagens de maio 6, 2012

Num lugar qualquer

Encontrei-o sentado na grama, Brincando com suas lâminas verdes. Ele não me viu chegar. Melhor assim, Ainda não era a hora de me conhecer. Os cabelos fartos só poderiam ser herança da mãe. E a covinha no sorriso era o verdadeiro retrato do pai. Algumas vezes ele olhava para o céu Perdido como uma pipa E franzia os olhos para se proteger da luz forte do sol. Foi quando percebi que chorava Senti vontade de correr para abraçá-lo Para protegê-lo dessa aflição. Mas, ele não sabia quem eu era, Ou quem seria eu em sua vida. O anjo que me guiou até lá Segurou firme meu braço E me encarou: - Hora de partir. Quis protestar, Porém minhas rugas não chegaram a verbalizar nenhuma frase. Acompanhei o anjo até a saída. Antes de partir Virei o rosto e contemplei Aquele que seria Um dia Meu único filho. (Paulinha – 10 de maio de 2012)