Não sei quem sou

Não foi abandono
Simplesmente sucumbi.
Cedi espaço para o cotidiano
E sequei de minhas veias
Toda e qualquer sensação.
Não foi cruel
Mas extremamente radical.
Dei as costas para arte
E segui para um extremo
Que não era para mim
Nunca foi para mim.
Simplesmente esqueci-me de mim!
Sufoquei a canção.
Enterrei o drama.
Matei a poesia,
Pra quê?
Eu não sei.
Não foi intencional
Mas foi em vão.
Perdi muito mais
do que ganhei.
E hoje não sei quem sou.
(Paulinha – 02 de novembro de 2010)

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